quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Já ouviram falar em fechar ciclos?


É chegada a minha hora, faltam poucos dias e pra ser bem precisa 6 dias.

Já ouviram falar em fechar ciclos? Pois é estou fechando um ciclo importante na minha vida. Finalizando uma tarefa, concluindo um planejamento, chegando há um objetivo e tendo a satisfação do sucesso conquistado.
Fechar um ciclo não consiste em apenas romper uma determinada lógica, mas também iniciar outra, porque a vida é feita de ciclos. Alguns ciclos serão cortados pelo caminho, outros se fecharão automaticamente por sua natureza, e uma enorme quantidade deles jamais se fechará.
Mas agora é a hora de recomeçar uma nova etapa. E isso traz renovação para vida e nos dá força para acreditar que podemos realizar outros sonhos.



Às vezes mantemos uma forte ligação com desilusões sofridas no passado, planos fracassados e objetivos não alcançados. Isso nos impede da realização no momento atual, sendo necessário então acabar com essas “pontes” que acabam nos levando ao fracasso vivido no passado.
Por falar em “pontes”, lembro-me de algo que li sobre esse tema, que estava intitulado: “É necessário queimar as Pontes”. Fiquei curiosa pelo tema e me interessei pelo o que tinha começado a ler, logo eu entendi a mensagem e o seu título.
Quando apenas cruzamos a ponte e chegamos ao destino desejado, ficamos com a possibilidade de retornar a qualquer momento ao passado, pois a ponte ainda continua fazendo essa “ligação”. Mas, quando “queimamos” essa ponte ficamos impossibilitados em retornar, só teremos uma opção: a opção de seguir em frente!

Seguir em frente é optar pela oportunidade de fazer tudo de maneira diferente, um novo lugar para se viver (nova casa, outra cidade, outros amigos, novo emprego, etc) observando onde existiram as falhas e planejar um novo caminho. Esse novo caminho pode ser longo ou com alguns atalhos, isso vai depender da forma e necessidade do seu planejamento.
Queime a ponte que liga você a lembranças e ações de fracasso!
Acredite no novo e aposte em seu sucesso.
P.S: Ao meu ciclo de amizade venho agradecer-lhes pelos momentos vivenciados nestes longos anos. Obrigada por tudo e espero ainda ouvir as vitórias alcançadas por vocês, seja elas no campo afetivo ou profissional.
Meu novo lugar, morada e praia me espera...Graças a Deus que a minha família vai junto...
[Fabíola Freitas]






terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Qual o perfil das mulheres atuais?



Desta vez venho tratar de um assunto mais tranqüilo e por que não dizer agradável. Qual o perfil das mulheres atuais? O que queremos?

O século XX trouxe o advento da participação feminina nas mais variadas esferas da sociedade (de forma especial no ocidente) principalmente a partir da década de 1960.

Historicamente podemos perceber a mudança no comportamento feminino de resignação e dedicação total ao marido para uma busca por uma nova perspectiva cultural dentro da sociedade ocidental e por seus direitos. Na década de 60, como forma de protesto contra a cultura da época, feministas queimaram sutiã em praça pública. Já na década de 70 foi a vez do topless.

As ativistas feministas lutavam pelos direitos legais das mulheres, como direitos de contratos, direitos de propriedade, direito ao voto, direitos trabalhistas, salários iguais, pelo direito à integridade física de seu corpo, direitos reprodutivos, tais como o acesso aos métodos contraceptivos, ao pré-natal, licença-maternidade e pela proteção contra violência doméstica, estupro, assédio sexual.
A condição de dona de casa foi aos poucos sendo acrescida de tantas outras atribuições e responsabilidades. Digo isso porque na verdade em geral nós ainda somos “donas da casa” e determinamos praticamente tudo que acontece quando o assunto é cor, compras, modelo e etc. Esse protagonismo feminino hoje é perceptível, tanto que hoje somos representadas por uma presidente mulher.

Fato este que mobiliza empresas, indústrias, comércio e produtos destinados a esse admirável público que com certeza quando não só administra as próprias economias, influencia diretamente as receitas familiares e onde serão feitos os gastos ou investimentos dependendo do caso.
Olhando para o âmbito universitário os dados são inegáveis. Das vagas existentes mais de 65% dos estudantes são mulheres. O que antes chamávamos de mundo masculino é hoje compartilhado por mulheres atuando em áreas tidas como masculinas.

É fácil identificar sua atuação em segmentos de construção, vendas, gerentes de operações e tantas outras atividades econômicas. É claro que ainda temos muito que avançar…
Os números também mostram que mulheres com uma mesma formação profissional equivalente a um homem ainda ganham menos. Mulheres negras com pouca ou nenhuma formação escolar são os menores salários do país.
Em contra partida a todas essas conquistas, nos deparamos com as mulheres atuais como um ser bem mais complexo do que era antigamente. As mulheres de hoje, com 30 anos aproximadamente filhas desse movimento feminista, são as trabalhadoras incansáveis em sua área de atuação, de olho em sua ascensão funcional, com alguns “ficantes” e várias amigas com quem dividir suas angústias.

Embora não seja uma vergonha ser solteira aos 20, geralmente quando chegam aos 30 e 40 ser solteira para elas vira um problema! Sofrem depressões, frustrações, complexos e até mesmo preconceitos por parte da sociedade, parecendo inadequadas. As amigas estão namorando ou já se casaram “felizes” e com suas crias e elas... solteiras ! Hoje virou modismo, casar e celebrar esse evento, como festa de 15 anos e chá de bebê


Bom você deve estar se perguntando se estou retroagindo com este texto, falando coisas sem nexo, julgando situações inexistentes. A realidade é que porque mais tenhamos avançado significativamente, ainda necessitamos de uma presença masculina. Não estou me referindo a casamento, uma união estável.

Estou me referindo há relacionamento sólido, duradouro ou até mesmo de amizade ou parentesco. O melhor amigo da faculdade, pai, filho, primo, sobrinho, seu namorado, "ficante" ou até mesmo seu amante (pra ser bem atual). Analize e pense...Necessitamos sim, de um ponto referencial de apoio ou afetividade.


Geralmente quando ouço das mulheres quais seus sonhos e planos, é interessante constatar que quase em todas as respostas está incluída a figura masculina como objetivo principal ou paralelo a eles. O que acontece hoje é que valores conservadores ainda convivem com valores contemporâneos.

O que se pode perceber e observar hoje é que a mulher é dona de seu próprio nariz, toma suas próprias decisões, paga suas contas, porém não deixa de sofrer por isso, principalmente em relação a sua vida afetiva, quando não encontram um parceiro para dividir os desejos, realizações e angústias.


Ps: Se você sair na noite não será difícil encontrar um corpus heterogêneo de lindas mulheres, com sua beleza e corpos monumentais de tirar o fôlego, bem  sucedidas financeiramente, sentadas sozinhas no bar, bebendo seus drinks e esperançosas de que alguma presença masculina sente ao seu lado para desfrutar de sua companhia e da noite, pois dinheiro e beleza elas tem de sobra...faltando somente uma  companhia.

Do que adianta tantas conquistas, éxitos e realizações, sem pelo menos uma pessoa ao seu lado, para apoiar-te quando tu mais necessitas?

Pense nisso!





 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dar é bom?

Dar é dar.
Fazer amor é lindo,
é sublime,
é encantador,
é esplêndido,
mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca,
te chama de nomes que eu não escreveria,
não te vira com delicadeza,
não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar,
sem querer apresentar pra mãe,
sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral,
te amolece o gingado, te molha o instinto.

Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante, e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.
 
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar,
para apresentar pra mãe,
pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?"


Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda,
muito mais do que
qualquer coisa,
uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.

Esse sim relaxa,
cura o mau humor,
ameniza todas as crises e faz você flutuar
o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.


Se você for chata, suas amigas perdoam.
Se você for brava, suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.
Mas... experimente ser amada."
[ Luís Fernando Veríssimo ]


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz NÃO!

Tenho tentando ultimamente esquecer-me de alguns episódios do passado que me machucaram bastante. Hoje é terça-feira, para ser mais exata já é madrugada, e estou escutando uma canção que não recordo precisamente o nome, mas a sua letra é linda e perfeita. Será que está falando comigo? Caramba, parece contar minha vida!
Por muito tempo não me sentia assim, fora do eixo, desordenada e tinha vontade de escrever no blog, mas não sabia como e nem como descrever os meus sentimentos. Mas eu sabia que uma hora eu teria que sentar aqui, na frente do notebook e tentar escrever algo. O que está se passando? O que aconteceu?
Os dias difíceis já passaram e agora só nos resta conviver com as conseqüências deles. Eu espero de verdade, que as coisas melhorem. Sabe aquela sensação do mundo desabar diante de você? Senti isso hoje pela manhã. Tudo o que eu pude fazer foi chorar e resolvi tomar um banho pra lavar a alma, levantar a cabeça e seguir em frente. Afinal fui eu quem fez coisas erradas? Não fui eu quem provocou tudo isso.
Mas parece que existem problemas que você não se esquece. Que te atingem como a fúria de um tsunami, um tufão de sentimentos. Tem coisas que por mais que você saiba superá-lo, fixam-se na sua mente e te deixam paralisados, estagnados diante deles. E você pensa: Como faço pra enfrentar isso?
Você acaba percebendo que para algumas coisas, você parece não ter força. Mas acho que nós somos mais forte do que imaginamos. Problemas serão irão existir em nossas vidas e nos cabe enfrentá-los um a um. Que venham os problemas então! Por que dentro de nossos corações, se realmente buscarmos, encontraremos nosso "eu" interior lhe pedindo para agüentar firme e que tudo na vida é passageiro.
Eu sei que Deus existe, não tão longe de nós, e nos assisti diariamente, nos dando o livre arbítrio de fazermos nossas escolhas e sucessivamente pagarmos por elas (caso você tenha feito a pior escolha). Sei que quando isso me acontece, é Nele quem eu posso confiar e confessar minhas aflições e compartilhar minhas dúvidas e sentimentos. Ele olha pra mim e sabe que não sou perfeita, que apesar das minhas virtudes e defeitos continuará me amando da mesma maneira e nunca mudará. Sei que quando o meu mundo desmorona, é Ele que o segura diante de mim.

E tem sido assim há muito tempo... Não posso deixar de reconhecê-lo em minha vida (tantas vitórias conquistas durante esses longos anos). Estás comigo sempre!
Durante esses últimos dias tenho enfrentado coisas que jamais imaginei enfrentar. Sabe aquelas situações tramados, miraboladas e esquematizadas, feitos na surdina e escondidos a sete chaves e que você nunca imaginou ou sonhou acontecer com você. Pois é, acontecem sim.

"Ah, isso só acontece com outros, na televisão e com a minha vizinha". Mas de repente em um piscar de olhos, tudo muda, o mundo vira do avesso e todas as suas certezas se perdem em uma onda gigante de sentimentos, rancor e pena. Meu Deus e agora? O que eu faço?
E a única coisa que você quer é fazer justiça com as próprias mãos. Matando os culpados, expondo-os como exemplos, para que tal fato não ocorra com nenhum ser humano na face da Terra. Chorar não resolve você fica mais triste ainda. A única saída lógica e sadia é orar, pedir a Deus de algum jeito consolar seu coração e pela almas dessas pessoas sem escrúpulo.
Naquela hora eu sabia, eu podia, eu precisava chorar, mas não vai resolver. Não vai adiantar. Mas agora depois de um tempo, a realidade do que aconteceu já entrou em minha cabeça, caiu a ficha, e foi ficando mais fácil aceitar também.
E passou todo o susto de alguma forma já se foi. Toda a revolta  de alguma forma foi embora. E agora trato o problema como se fosse normal. Como se não existisse. É bem mais fácil assim. Aprendi em poucos dias, a conviver com algo que nunca pensaria passar, mas a vida é mesmo imprevisível e mesmo nos momentos mais tristes, reserva surpresas boas.
Foi bom ter viajado no ano passado, ter estado com a nossa família um tempo fora de casa, conhecer novos lugares que sonhávamos e desejávamos. Nossos laços antes fragilizados e despetadaçados se fortaleceram de agosto/10 para cá e se solidificaram mais ainda agora, diante dessa situação.
E agora?
Agora é hora de recomeçar. Vai ser difícil. Ninguém disse que seria fácil. Mas é um recomeço, fica fácil e cada passo que damos. Depois do susto, cada dia é como se fosse o último. Cada dia é mais uma batalha, uma vitória.
“A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz NÃO. Você vai ver, a emoção começa agora.” ( Maria Bethânia)
Foi ele quem cantou pra mim...
 Agora é hora de brincar “de viver”.

[Fabíola Freitas]


sábado, 15 de janeiro de 2011

Traição e infidelidade conjugal, vamos debater?



Esse texto surgiu por conta de conversas informais entre várias amigas e eu e gostaria de compartilhar com vocês, esse breve texto sobre um tema meio polêmico e que acerca cada vez mais a vida de nós “mulheres”, que é a traição ou infidelidade conjugal.

Num primeiro momento, o que vem à mente é a imagem da "femme fatale", aquela mulher sem escrúpulos que inferniza e atormenta a vida de casais felizes, linda, loira, sensual, 110 cm de quadril e seios fartos, extremamente sensual e usurpadora. Apesar dos meu 31 anos de experiências vividas e ligadas as questões de relacionamentos amorosos, confesso que fiquei um tanto perdida, pois idéias e verdades absolutas (e outras nem tanto como veremos) me assaltaram e percebo que isso ocorreu por conta da mudança da sociedade, do papel e dos anseios da mulher de hoje. Desde já ressalto que me restringirei a tratar apenas às amantes mulheres. Mas isso não quer dizer que a recíproca não seja verdadeira nesse momento de igualdade sexual.

Acredito que ainda há homens que se satisfazem em se relacionar com mulheres comprometidas, seja por amor, comodismo, opção ou ânsia de preservarem sua individualidade e liberdade, como muitos pensam. Mas como eu dizia vou tentar dissecar um pouco esse papel tão malvisto, perseguido, vilipendiado, porém presente nas melhores famílias e também naquelas acima de qualquer suspeita.

Porque o fato de se apaixonar, se interessar ou mesmo desejar uma pessoa foge totalmente do controle racional?

Não quero aqui fazer uma apologia do adultério e da traição. E sim enxergar sem falso moralismo uma prática que existe e, na maioria das vezes, quando descoberta é vivenciada com a força de um furacão destruidor e, na medida em que discutimos, dissecamos e trazemos à baila da razão, podemos até auxiliar casais que estão à beira do precipício por conta dessa situação.

Não é raro deparar com a amante principalmente como um sintoma do casamento ou do momento de individualidade de seus membros. Questões que se bem trabalhadas pelo casal, caso necessário com ajuda terapêutica, podem resultar num desfecho surpreendente, quer unindo de vez o casal ou separando se essa for a melhor solução. Mas com uma compreensão realista da vivência que diminui e muito as dores que, sem dúvida, vêm no rastro dessa situação.

Na maioria dos casos, ainda se vê o modelo antigo e arcaico de se ter uma amante para perpetuar o poder do macho no sentido de posse ou para exercer na realidade a fantasia do sultão em seu harém.


Claro que os motivos diferem de acordo com a história pessoal e até da camada social. Aqui eu gostaria de falar da mulher que antigamente seria a ´teúda´ e ´manteúda´. Mas isso mudou e, apesar da motivação masculina não ter mudado muito, a da mulher ganhou contornos mais independentes.

Ela pode ter a limitação do romance escondido, mas apesar disso, cultiva de forma especial uma vida própria com suas amizades sem que o investimento na relação secreta as deixe solitárias e excluídas da sociedade como no modelo tradicional das mulheres que por amor, carência ou modo de vida subjugavam-se ao “sexo-poder”.

Como repercutem ainda na criação e nas experiências familiares, muitas moças preferem o modelo de relacionamento da esposa subordinada ao marido para se preservarem donas da sua própria vida. Também existe uma exacerbação do romantismo e do amor de perdição que numa determinada fase da vida fazem com que o homem proibido ou impossível seja o mais cobiçado e o que mais a satisfaça.

É verdade que apesar disso o modelo da amante ameaçadora que telefona e faz chantagem ainda existe. Mas isso ocorre na minoria dos casos, pois em sã consciência fugir da pseudo-prisão do casamento e cair numa arapuca dessa elas não querem meu bem!

Contudo, infelizmente ainda se vê isso e neste caso quem mais procura apoio psicológico são as vítimas dessa situação: maridos e esposas, traídos e traidores, ficam perdidos quando isso ocorre. As mil facetas do adultério e da traição são difíceis de serem descritas, porém o que vale aqui é chamar a atenção para essa vivência que, por inúmeros motivos intrapsíquicos, são fomentadas e quando as pessoas se dão conta estão vivendo num carrossel de emoções.

A princípio, pode até ser agradável por sua descarga de adrenalina, mas com o amadurecimento esperado das relações, essas emoções ou sucumbem ou geram grande dor e sentimento de desvalia.

Portanto vale analisar com carinho e sem paixão a motivação que leva as pessoas a se envolverem em relacionamentos que trazem pouca contribuição ao desenvolvimento pessoal. Com medo na grande maioria dos casos de ser tachada como a “outra”, explico que é uma relação ainda pela metade, assim como a esposa também o é na grande maioria dos casamentos.

Essa dicotomia aparece em razão da polarização dos papéis de esposa e amante. Do lado da esposa existem as preocupações e obrigações; do lado da amante, o prazer sexual e as conversas interessantes. Isso tudo numa busca incondicional de dois valores fundamentais: a preservação da liberdade e o bom relacionamento sexual.

Diferente do que possa parecer, o papel da amante com a possibilidade de ser sujeito, escolher, optar e ser independente fica nula, pois a amante submete-se, na maioria das vezes, a um papel passivo e até humilhante. Fica sempre à espera do parceiro e não é assumida na sua completude, sendo parcialmente companheira com muitas limitações. Quero provocar aqui mais uma reflexão: os amantes escolhem ou apenas se conformam com esse tipo de relacionamento?

Numa época em que não se aceita mais ser metade não valeria a pena rever conceitos e necessidades para que as buscas fossem coerentes?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bons Amigos

"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!"

[Machado de Assis]

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Desabafo


Não procuro definir-me com palavras, frases feitas, vídeos ou ações e nem me decifro através de imagens, jogos ou textos conhecidos de Vinicius de Moraes ou Charlie Chaplin.
Sou a imperfeição,um pouco de tudo.

O pior e o melhor defeito ou qualidade existente na humanidade hoje.
Tenho ódio, rancor, desamor, desapego, ciúme, gula e a soberba. Uma mistura de infinitas coisas que mesclam e que monta essa estrutura humana chamada ser humano.
Complexidade e paradoxo fazem parte de minha personalidade.

Revolta e indignação habitam e convivem comigo e marcam toda a minha trajetória.
Engolir sapo e “ser sempre boazinha” acaba comigo... ( oh coração de manteiga esse meu)
Acredito que seja a partir de tantos anos sofridos e calejados por esse mundo que resolvi escrever esse pequeno texto de desabafo.

O meu “eu” interior grita e suplica ser expresso, me pedindo desesperadamente um basta a tantas de minhas conclusões e reflexões sofridas e mantidas nas madrugadas solitárias e vazias.

Ah se tivesse acionado um bom advogado nessas tantas causas e sofrimentos por mim vividos... Já teria vencidos inúmeras, seja ela por danos morais, injuria e difamação. Quanto dinheiro já não teria ganho. Mas que me deixara dores incuráveis e sofrimentos nunca sentidos ou vivenciados. Sabe aquele alguém que te acusou de tentar acabar o casamento de seu amigo de faculdade.

 Pois é, aquela dita situação nunca tirada a limpo hoje poderia render-me alguns “milzinhos de reais”, mas que eu por si só deixei pra lá, acreditando sempre na oração de São Francisco de Assis que diz que “pois é dando que se recebe e perdoando que se é perdoado.”



Bom, e a confiança e a lealdade como fica nessa história?
Não existe. Durante toda a minha vida tive provas que estes grandiosas e nobres sentimentos estão extintos na nossa sociedade. Perderam-se ao longo do tempo, assim como o referencial de família antes pregado e almejado desejo. Como por exemplo, minha família, que cedo se desestruturou. Convivi com meu pai até meus 07 anos e com minha mãe até os meus 21, idade com que me casei e mantenho esse matrimônio ate os dias atuais e desde então a vida tem me ensinado lições inesquecíveis.

Se os seus pais não mantêm a confiança, não se respeitam e nem tão pouco se compreendem. Como seus filhos saberão lidar com situações onde tais sentimentos serão exigidos para a resolução de conflitos?

O interessante que o male que mais me afligiu naquela época ainda sobrevivi até hoje nos dias atuais. A traição, falta de caráter, personalidade, ética e a falta de amor a uma instituição chamada família.

Cresci acreditando ainda nos contos de fadas, apostando em um casamento lindo e perfeito, sólido e verdadeiro, onde a cumplicidade fizesse morada em meu lar e o soberano a reinar seria a lealdade e a confiança.

Achei que o meu amor por si só bastasse, solidificando nosso respeito e a nossa motivação em renovar sempre esse amor a cada dia, nessa imensa jornada chamada casamento.
Mentira!! Bom, existem casos e casos, variáveis e incomparáveis.

Minha vida não é igual a do meu vizinho, sem mencionar que a criação familiar é um objeto para estudo e análise.

A verdade é que a decepção chega te joga no chão e te pedi perdão assim, na maior cara de pau, sem um pingo de bom senso e de caráter. Depois de tantas palavras ditas, ofensas proclamadas, integridade física e emocional ferida e denegrida nos momentos cruciais em que deveriam ser advogados de um para com o outro. Não nos restando outra saída a não ser perdoar, com o sem ressentimentos, pois existe feridas imperceptíveis que se mantêm viva em nossa memória.

Assim, dessa mesma maneira acontece com as amizades, apesar de ainda acreditar nessa palavra tão linda e tão preciosa jóia. Quem jogar na loteria da vida e for contemplado com uma terá um amigo verdadeiro pra vida toda e sorte tem quem acredita nela...
E quando me refiro a verdadeiro digo no sentido literal da palavra VERDADEIRO. Sabe aquele que se coloca no teu lugar, sente teus sentimentos, te liga e se preocupa com você. Que te tirou ou que te tira de enrascadas e que está sempre disponível pra ti ouvir seja em qualquer momento, seu psicólogo favorito.

Que te compreende e te ajuda, te chama atenção e te aconselha. Seu porto seguro, quando o mundo lá fora parece desabafar diante de você.

Pena que isso já não se vê mais. Hoje o que as impulsiona é o seu interesse, seu status e a troca de seus desejos. Não acredita? Pois acredite. Se coloque em uma situação extrema de pobreza ou de ignorância, sem qualquer tipo de influencia ou de beleza e tente imaginar essa realidade. Teria os mesmos amigos que possui hoje?



Claro que pra todo caso há exceções essas devidas exceções são as amizades quase inexistentes nos dias atuais. Pois é ainda acredito nisso... Nessa magia infinita que me motiva a acreditar e sonhar que vou encontrá-la, somando há algumas que já tenho.

E a religião? O que eu posso afirmar é que o meu bom coração não foi criado dentro de uma bela e grande congregação, com grandes lições e interpretações do evangelho.

Vivi a realidade da fome e da pobreza. Da falta de compaixão e amor paternal. Mas cresci com o coração quebrantado pelo amor verdadeiro ao próximo e a vida.

Não preciso de templo para as minhas orações e nem da bíblia debaixo do meu braço pra não esquecer-me das mais belas metáforas dos versículos. Cristo vive em mim e nas minhas ações.

Vamos dar um basta nesse falso moralismo que começa a imperar. “ Não diga isso..., não faça aquilo...” Sendo que a maioria dessas mesmas pessoas que dizem isso são as primeiras a comentar ou julgar seu vizinho, tirar proveito de algumas situações com seu poder de persuasão, retórica bem afinada de boa mocinha.

Critica o vizinho, tem preconceito quanto ao amigo negro ou gay, que freqüenta a umbada e é pobre.

Parece que uma música antiga que ainda faz sucesso na minha vitrola condiz com essa situação... “Não adianta ir pra igreja rezar e fazer tudo errado...”

Não vivo e nem quero viver de aparências, quero ainda acreditar nas pessoas e na amizade, apesar de tantas coisas ruins que elas de vez em quando nos trazem.

( Fabíola Freitas)