quinta-feira, 24 de março de 2011

Crimes na rede.

É a vida é uma aventura constante onde parece a cada dia nos surpreender com as reviravoltas. E um caso interessante que eu gostaria de compartilhar com vocês é um assunto atual e que tem ganho espaço nos meios de comunicação e da justiça comum devido aos seus episódios. Trata-se do crime de falsa identidade ideológica nos principais meios ou redes virtuais de comunicação.

Durante vários anos, a internet tem sido para muitos dos brasileiros um passa tempo utilizado para diversão, descontração e entretenimento. E comigo não poderia ser diferente. Utilizava e utilizo ainda a internet hoje para matar a saudade de pessoas que fizeram parte da minha vida, postar os meus textos (blog) e abstrair meus pensamentos e juízos a respeito de algo. Quem não encontrou aquela sua velha amiga de escola no Orkut e trocaram MSN? Principalmente com aqueles que moram longe e que temos noticias suas somente por suas fotos postadas e suas atualizações.
Bom mais agora gostaria de detalhar essa breve história dando nomes fictícios aos meros personagens dessa incrível e verdadeira narrativa acorrida na nossa Macuxilândia. Não se espante com as coincidências.



Precisamente há um ano, quando estava realizando ainda as minhas pesquisas do pré- projeto do TCC.  Es que me surgi um bendito Rafael no meu MSN. Lindo, sorriso “colgate + listerine”, branco, olhos claros, nos altos dos seus 25 aninhos, recém chegado do Sul do Brasil e que fazia o Curso de Comércio Exterior na faculdade na Atual da Amazônia. E que por mera coincidência também havia me enviando um convite com o pseudo “Eunice” para o meu Orkut.
Eu no alto de uma das tantas crises conjugais por mim já vividas, estava ligada em tudo o que estava acontecendo principalmente no meu convívio familiar. Olha que eu não tinha muita experiência com os homens quando conheci meu atual marido. Mas depois dele, confesso que decifro qualquer homem que me apareça, com a experiência adquirida durante esses longos 10 anos de casados.



Caro leitores, como vocês sabem nossa incrível Boa Vista é enorme e possui hoje cerca de meio milhão de habitantes, nos facilitando inúmeras vantagens inclusive entrar em contanto com aquela amiga que tem uma irmã que faz o dito curso e o mesmo semestre na referida faculdade.
Depois de constada as informações a respeito do rapaz ( fatos e fotos) pude então estabelecer uma amizade com o referido amigo virtual que sempre me perguntava mais coisas sobre a minha vida conjugal do que sobre meus gostos e opiniões. “Gostaria muito de ver uma foto sua com seu marido”. “Posso ver uma foto da sua filha?”.



As conversas geralmente foram mantidas via MSN, depois das onze da noite e pela manhã, rendendo-me ansiedade e algumas semanas de embromação. Com alguns recados via depoimento e na minha página de recados. E como um bom bandido de carteirinha, passou-me claro a imagem de um bom moço, com um carrão, solteiro e enganado pela ex e apaixonado por mim. Bom e por que eu? Essa foi uma das minhas primeiras indagações. Homem interessado em mulher casada? Isso existe? E ainda lhes conto mais. Essa magnífica pessoa sabia decorada a placa do nosso carro. Que homem nos dias atuais decora placa de carro? Nem o Romeu de Shakespeare, daquela época, meu bem!
Eu intimamente já sabia quem estava por detrás de toda essa história, só precisava de fatos concretos para tirar minhas conclusões. Com essa riqueza detalhes nas conversas as evidencias me levavam há uma mulher (pelo visto muito apaixonada pelo marido).



E como eu não sou boba, pedi um encontro, pois sabia que a “dita” não poderia levar adiante a história se não fosse verdadeira. No primeiro encontro, como já era esperado nem se quer apareceu e o segundo foi marcado a noite no meu ambiente de faculdade. Por que lá? Bom até a bomba estourar, também ainda não havia entendido e nem montado o quebra-cabeça.
E depois do ultimo “bolo” do encontro no IFRR. Resolvi deletá-lo e encerrar essa farsa, tanto do MSN como do Orkut.

Um pouco tempo depois, surgi novamente às conversas. Agora imprimidas e nas mãos do meu marido. Isso mesmo, agora sim o jogo começou a se desvendar. E a santa paz do meu lar foi quebrada justamente com surgimento das tais conversas. Mas o melhor ainda estava por vir, pois todo sofrimento acarretado futuramente nos trazem bons frutos. Pois quem ama, perdoa e é perdoada. Afinal casamento não é um conto de fadas ou uma telenovela da rede Globo.
Bom minha gente, mas o que tenho a dizer aqui é que fatos como esse é que mudaram minha vida. Conheci essa referida “pessoa” no ano passado e pasmem gente. Ela era casada e entrava na internet escondida do marido e no ambiente de trabalho no computador do governo e todas essas conversas impressas eu ainda guardo comigo.
 Exatamente por isso que eu venho pedir-lhes mais atenção na rede. Pois a todo momento acontecem crimes sejam eles morais ou de danos materiais. Você pode ser sendo enganado pelo seu vizinho, ex-namorado ou um(a) rival, podendo inclusive ser roubado ou lesado moralmente como foi o meu caso. Sem comentar do uso indevido da imagem de pessoas inocentes que postam suas fotos e deixam as deixam em aberto nas redes sociais.
Resumindo os encontros foram marcados no IFRR, por que ela estudava lá à noite, fazendo um desses cursos técnicos da modalidade EJA. A placa do carro não preciso nem mencionar como ela sabia.


O barato da história é que pude conhecê-la ao vivo e em cores no seu ambiente de trabalho em uma visita surpresa e pude dar o troco com toda classe e ousadia.
No meu caso em especifico, consegui reverter essa história. Salvei meu casamento e a minha família. E no seu caso o que você faria?

[Fabíola Freitas]

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