Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra. (Bob Marley)
Toda vez que imaginamos alguma pessoa linda ou bonita, logo nos vem os padrões estipulados pela sociedade a respeito da beleza. Aquela pessoa de pele clara e olhos claros, uma boa estatura e desenvoltura.
Para entendermos um pouco a respeito dessas questões que alienam nossa sociedade basta que estudemos um pouco da nossa história. Desde os primórdios, civilização e colonização. Quem foram os negros em meio de todos esses acontecimentos? Por que a cor da pele influencia tanto nestes padrões estabelecidos e impostos?
Os negros e índios eram os escravos. Eram as classes menos favorecidas e que prestavam mão de obra braçal. Resposta correta. E as colonizadores como eram? Eram mestiços? Como se comportavam diante dos negros e índios?
Eram grande parte da Europa, com pele alva e sensível ao sol e acreditavam serem superiores devido à organização de sua sociedade e de seu governo. Com esses conhecimentos passaram a impor a sua cultura a todos os povos colonizados. Escravizando e os manipulando de todas as formas possíveis. Consideravam-se superiores exatamente por ter o capital e a intelectualidade nas mãos. Imperava ali a monarquia como forma de governo, fazendo com que os “sangues nobres” não se misturassem com os plebeus. Os casamentos eram arranjados e selecionados, pagando-se dotes para a sua realização.
E o que mudou de lá pra cá? Você tem visto melhorias de nossa sociedade?
Ainda engatinhamos quanto à equiparação das questões raciais, mais o que eu gostaria de expor e debater são os padrões de beleza a qual estamos inseridos. Amo a minha pele morena e me sinto agradável ao lado do meu marido de pele clara. Fico ainda mais feliz por mestiçar ainda mais a minha filha, que tem traços meus (roraimense) em conjunto com o meu esposo (paraense). Adoro pegar sol, admiro meus olhos pretos e a minha pele bronzeada.
Orgulho-me da minha miscigenação e os meus cabelos ondulados. E ainda há quem se julgue superior a mim, justamente por ter a pele clara e os olhos claros. Fazer o quê? Enquanto houver pessoas assim, o preconceito sempre irá existir, pois não se ama alguém pela cor de sua pele, cor dos olhos, estatura, descendência ou religião, ama-se pelo o que ela é e o que representa em sua vida. Não se constroi histórias de vida, em cima de mentiras, intrigas e traição.
O preconceito existe e cabe a você se libertar dele. Olhando para os comerciais com um olhar mais critico ou namorando um moreninho, ficando com branquinho e miscigenando o nosso povo. Fazendo com que o nosso país tenha a nossa “cara”. Agora se você ainda vive nos padrões antigos, quer que a sua descendência nórdica perdure, mude-se para a Europa, lá você terá a certeza da continuidade de sua origem e ainda alimentará mais o seu ego e o seu preconceito.
( Fabíola Belleza)
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