sábado, 16 de junho de 2012

Mutante



Às vezes me questiono onde iremos parar vivendo numa sociedade como esta, onde passamos cada vez mais a dar importância à beleza exterior, pelos estereótipos empregados pela mídia, pela ganancia desenfreada do capitalismo e da submissão do governo ao qual estamos inseridos. Verdadeiros escravos reprodutores do contexto atual.
Falar palavrão virou moda, colocar silicone em qualquer parte do corpo faz parte do cotidiano e olhar sob uma nova ótica as coisas, virou coisa de cientista.
Somos uma geração de um fila que anda quando o seu parceiro não corresponde as suas perspectivas, de adolescentes desenfreados a viver a vida como se fosse seu ultimo dia de vida, viciados em varias drogas e com ídolos fúteis e insignificantes.
Onde o respeito só existe a base da opressão e da humilhação, pois as conversas empregadas pelas grandes campanhas publicitarias tem rendido adolescentes espertos e sem um pingo de pudor e compaixão diante de quem quer que seja.
As mulheres querem os mesmos direitos dos homens, mas ao invés de propor uma solução estamos os copiando em gênero, número e grau e esperando uma mudança em seu comportamento. Traindo, bebendo e trocando de parceiros como eles faziam tempos atrás.
Queremos os corpinhos das adolescentes, sem rugas ou algo caído. Temos vergonha de quando amadurecemos e das cicatrizes que a vida nos proporcionou diante dos obstáculos que enfrentamos. Virar Barbie é a moda do momento (peitinho, bundinha e cinturinha), beber até cair é legal e a promiscuidade é sinônimo de poder, pois se pegou 10 homens em um noite significa que não “abalou geral”.
E aí o que seremos de nós frente há uma sociedade cada vez sem personalidade, sem referenciais familiares, sem respeito a qualquer tipo de categoria profissional? Lembrando sempre que a conduta que praticamos se refletem em nossos filhos, meros reprodutores do lar ao qual estão inseridos e alienados.
Quer a mudança? Comece por você, mas não com a força que tem hoje, que amanhã pode se esgotar diante de qualquer problema. Estou me referindo àquela força que nos conduz todos os dias a levantar diante de sol ou de chuva. Muitos a denominam motivação, outros determinação, eu a denomino fé, foco e força.
Eu não quero ser mais mutante nesse mundo alienado, sou a mudança que quero ver nele, não só como mera telespectadora, mas como autora de minha própria história.