Às vezes me questiono onde iremos
parar vivendo numa sociedade como esta, onde passamos cada vez mais a dar
importância à beleza exterior, pelos estereótipos empregados pela mídia, pela
ganancia desenfreada do capitalismo e da submissão do governo ao qual estamos
inseridos. Verdadeiros escravos reprodutores do contexto atual.
Falar palavrão virou moda,
colocar silicone em qualquer parte do corpo faz parte do cotidiano e olhar sob
uma nova ótica as coisas, virou coisa de cientista.
Somos uma geração de um fila que
anda quando o seu parceiro não corresponde as suas perspectivas, de
adolescentes desenfreados a viver a vida como se fosse seu ultimo dia de vida,
viciados em varias drogas e com ídolos fúteis e insignificantes.
Onde o respeito só existe a base
da opressão e da humilhação, pois as conversas empregadas pelas grandes
campanhas publicitarias tem rendido adolescentes espertos e sem um pingo de
pudor e compaixão diante de quem quer que seja.
As mulheres querem os mesmos
direitos dos homens, mas ao invés de propor uma solução estamos os copiando em
gênero, número e grau e esperando uma mudança em seu comportamento. Traindo,
bebendo e trocando de parceiros como eles faziam tempos atrás.
Queremos os corpinhos das
adolescentes, sem rugas ou algo caído. Temos vergonha de quando amadurecemos e
das cicatrizes que a vida nos proporcionou diante dos obstáculos que
enfrentamos. Virar Barbie é a moda do momento (peitinho, bundinha e cinturinha),
beber até cair é legal e a promiscuidade é sinônimo de poder, pois se pegou 10
homens em um noite significa que não “abalou geral”.
E aí o que seremos de nós frente
há uma sociedade cada vez sem personalidade, sem referenciais familiares, sem
respeito a qualquer tipo de categoria profissional? Lembrando sempre que a
conduta que praticamos se refletem em nossos filhos, meros reprodutores do lar
ao qual estão inseridos e alienados.
Quer a mudança? Comece por você, mas
não com a força que tem hoje, que amanhã pode se esgotar diante de qualquer
problema. Estou me referindo àquela força que nos conduz todos os dias a
levantar diante de sol ou de chuva. Muitos a denominam motivação, outros
determinação, eu a denomino fé, foco e força.
Eu não quero ser mais mutante
nesse mundo alienado, sou a mudança que quero ver nele, não só como mera
telespectadora, mas como autora de minha própria história.
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