O mundo vai acabar, é o que estão
prevendo, embasado no calendário a imaginação e a fantasia do povo brasileiro
mistura-se com seu misticismo, crenças e lendas populares. Creio no fim, não de
acordo com essa massa ou aquela massa. A verdade é que tudo está acabando, pena
que não estamos nos dando conta disso.
Estamos em pleno século XXI, mas
parece vivermos em plena Roma Antiga. Ai quem nos dera se pudéssemos ter a companhia
de Platão e Aristóteles, infelizmente não fomos agraciados com a proeza de tais
ícones e mitos desse período. Comparo-o com a orgia, abuso de poder, política e
tirania.
Era da exuberância, do abuso de
joias, da personificação do ser perfeito e do belo, da exposição dos atos
obscenos, da quebra de paradigmas e aceitação do “imoral”. Época do governo popularmente
como pão e circo, lugar onde se podia tudo, desde que tivesse “apadrinhamento”
com os poderosos. Viver só poderia valer a pena se estivesse aliada ao acumulo
de bens e de parceiros para os “bacanais” costumeiros e de práxis.
Você pode até estar se
perguntando se estou retroagindo ou que estou pregando um discurso moralista,
com ideologias positivistas, fechadas e irracionais, frente às novas
tecnologias, ao mundo globalizado, sustentável e “androide”. Não caro(a)
leitor(a), se acaso for analisar ou viver mesmo que por um segundo o que tenho
presenciado, como mera coadjuvante no palco do ensino público, veras que
claramente o caos que estamos a viver.
A sociedade adotou a filosofia de
Sigmund Freud, mal sabendo o que significa ou como se utilizar a seu favor. Já
ouviram falar no tal de amor próprio não? Pois ele é o “cara” do momento, pois
passou a ser utilizado como “bode expiatório” para a falta de maturidade das
ações de outrem. Sentimentos é coisa de pessoas fracas e sem personalidade,
pois o "ficar" inclui sexo em todas as suas modalidades e trair é a moda do
momento.
Se casar dê uma mega festa, pois
está na moda e encontrar alguém para tal aventura é coisa RARA. Seguido óbvio
de contratos e clausulas absurdas na divisão de bens e de dinheiro é claro.
Podemos ter o bumbum que queremos e seios também, basta pagá-los em infinitas
prestações na clinica da esquina.
Nunca o corpo da Barbie esteve
tão em evidencia como nesta década. Os homens não saem à caça, são a preza fácil
de infinitos corpos a mostra como mercadoria boa e barata, encontrada a cada
quarteirão de sua casa, sendo que a concorrência segue dia a dia, pois cada vez
mais o mercado cresce a medida que se formam mais pessoas nestes moldes.
Tudo está tão descartável, tão artificial,
desvalorizado. Seja casamento, amor, solidariedade e esperança. As teorias
estão morrendo nos campos das mentes alienadas e sem direcionamento, justamente
pela falta de referenciais, limites e valores.
Estamos sim no fim do mundo... Exterminando-nos
de sentimentos tão nobres e bonitos, que aos poucos já não existirão mais, pois
já estaremos egocentristas demais para pensar em amar e ser amado, possuir uma família
e amigos. Já que reverenciamos tanto o dinheiro como fator único para a
conquista de demais bens materiais e sentimentos.
Não se espante ao ver no
noticiário um professor levando uma surra do aluno, pois ao invés das leis
estarem a favor das pessoas de bem, estamos em pleno caos do certo, do óbvio e
do imoral.
(Fabíola Freitas)