quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Bem vindo ao fim do mundo...




O mundo vai acabar, é o que estão prevendo, embasado no calendário a imaginação e a fantasia do povo brasileiro mistura-se com seu misticismo, crenças e lendas populares. Creio no fim, não de acordo com essa massa ou aquela massa. A verdade é que tudo está acabando, pena que não estamos nos dando conta disso.
Estamos em pleno século XXI, mas parece vivermos em plena Roma Antiga. Ai quem nos dera se pudéssemos ter a companhia de Platão e Aristóteles, infelizmente não fomos agraciados com a proeza de tais ícones e mitos desse período. Comparo-o com a orgia, abuso de poder, política e tirania.
Era da exuberância, do abuso de joias, da personificação do ser perfeito e do belo, da exposição dos atos obscenos, da quebra de paradigmas e aceitação do “imoral”. Época do governo popularmente como pão e circo, lugar onde se podia tudo, desde que tivesse “apadrinhamento” com os poderosos. Viver só poderia valer a pena se estivesse aliada ao acumulo de bens e de parceiros para os “bacanais” costumeiros e de práxis.
Você pode até estar se perguntando se estou retroagindo ou que estou pregando um discurso moralista, com ideologias positivistas, fechadas e irracionais, frente às novas tecnologias, ao mundo globalizado, sustentável e “androide”. Não caro(a) leitor(a), se acaso for analisar ou viver mesmo que por um segundo o que tenho presenciado, como mera coadjuvante no palco do ensino público, veras que claramente o caos que estamos a viver.
A sociedade adotou a filosofia de Sigmund Freud, mal sabendo o que significa ou como se utilizar a seu favor. Já ouviram falar no tal de amor próprio não? Pois ele é o “cara” do momento, pois passou a ser utilizado como “bode expiatório” para a falta de maturidade das ações de outrem. Sentimentos é coisa de pessoas fracas e sem personalidade, pois o "ficar" inclui sexo em todas as suas modalidades e trair é a moda do momento.
Se casar dê uma mega festa, pois está na moda e encontrar alguém para tal aventura é coisa RARA. Seguido óbvio de contratos e clausulas absurdas na divisão de bens e de dinheiro é claro. Podemos ter o bumbum que queremos e seios também, basta pagá-los em infinitas prestações na clinica da esquina.
Nunca o corpo da Barbie esteve tão em evidencia como nesta década. Os homens não saem à caça, são a preza fácil de infinitos corpos a mostra como mercadoria boa e barata, encontrada a cada quarteirão de sua casa, sendo que a concorrência segue dia a dia, pois cada vez mais o mercado cresce a medida que se formam mais pessoas nestes moldes.
Tudo está tão descartável, tão artificial, desvalorizado. Seja casamento, amor, solidariedade e esperança. As teorias estão morrendo nos campos das mentes alienadas e sem direcionamento, justamente pela falta de referenciais, limites e valores.
Estamos sim no fim do mundo... Exterminando-nos de sentimentos tão nobres e bonitos, que aos poucos já não existirão mais, pois já estaremos egocentristas demais para pensar em amar e ser amado, possuir uma família e amigos. Já que reverenciamos tanto o dinheiro como fator único para a conquista de demais bens materiais e sentimentos.
Não se espante ao ver no noticiário um professor levando uma surra do aluno, pois ao invés das leis estarem a favor das pessoas de bem, estamos em pleno caos do certo, do óbvio e do imoral.
                                                                                                          (Fabíola Freitas)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Encontro





Já fazia longos anos que não nos víamos, mas parecia que foi ontem quando tivemos uma longa discussão. Mexer com minha mãe não é um dos assuntos favoritos e que me deixa inerte, principalmente quando se trata de sua bondade e fé. Sim, ela havia lhe entregado o cartão de sua alimentação a ele, que por maldade lhe negou devolver, ficando a mercê de uma situação ridícula de subordinação. 

Logo ele que havia lhe roubado a juventude, a dignidade e um futuro brilhante, caso no tivesse cruzado seu caminho e lhe tivesse feito acreditar em suas juras secretas e um casamento lindo e duradouro. Sete frutos foi o que lhe rendera e agora ainda queria rever seu misero dinheiro de volta.

A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.
[Albert Einstein]

Mantive-me que como sempre me mantenho, em relação as minhas opiniões, bato de frente, confronto, questiono. Reviro-me do avesso. Remexo cada canto de minha memória detalhista e exponho cada ferida viva e exposta pelos momentos mantidos e fixos. Xingamos-nos, nos ofendemos e acabamos a conversa em um rápido batido de telefones, encerrado ali uma página de nossas vidas. Que para ele já havia se encerrado há vários anos, pois cortou os vínculos afetivos e paternos de convívio assim que se separou de nossa família.

E agora eu estava ali, adentrando o hospital para visitar-lhe. Seria agora o melhor momento para nos ver? Meu coração, colado a minha fé dizia que sim, que necessitava daquele momento em especifico para continuar minha caminhada. Em paz com o passado e de mãos dadas com meu futuro. Pois de chegadas e partidas é feita a vida e principalmente dos frutos que plantamos.

Vi sua cabeça grisalha e sua expressão cansada, querendo transportar uma falsa imagem de alegria, que logo sentia o impacto de minha presença. Perguntou-me se eu havia alguma história linda para contar-lhe. E comecei nossa conversa dizendo que somos autores de nossa própria história e que nada acontece conosco sem o nosso consentimento.

"Desenvolver força, coragem e paz interior demanda tempo. Não espere resultados rápidos e imediatos, sob o pretexto de que decidiu mudar. Cada ação que você executa permite que essa decisão se torne efetiva dentro de seu coração."
[Dalai Lama]

Às vezes sentia seu tom irônico em relação à vida, certa amargura, ressentimento. Mas não fomos nós nem menos “eu” quem influenciou em seu destino. Não ter seus filhos de sangue por perto, lhe auxiliando e ajudando, não foi escolha nossa. Ao contrário, jamais, fomos lembrados ou procurados para qualquer troca de carinho ou afeto.

Acredite não me recordo em nenhum momento de minha existência de ter recebido um abarco carinhoso ou um beijo de feliz aniversario. Como posso transmitir um amor, sem o ter cativado, cultivado ou semeado?

Infelizmente enquanto alguns homens pensarem que dinheiro de pensão alimentícia, repara todas as dores e danos causados por sua ausência, que ultrapassa e sana todos os limites e barreiras transpostos pelo vazio da convivência e da harmonia familiar, ainda existirão homens machistas, reproduzindo cada vez mais filhos com delinquências psíquicas e emocionais.

Sentia que no fundo de sua alma, havia remorso. Que a sua morte seria uma espécie de autopunição, de livrança de algum mau, de libertação. Parecia sarcástico ao falar de sua saúde, de sua vida e de sua situação.

Queria dizer-lhe mais e que lhe perdoava por ter sido tudo o que foi. Não um grande exemplo para ser seguido, mas como alerta, um mau exemplo para não se copiar de como não devemos nos comportar diante da vida.


Não foi um grande encontro, mais o considero um marco em minha vida. Pois sei o quanto tenho mudado exageradamente e por estar andando lado a lado com as minhas convicções e minha fé exarcebada.
A paz do coração é o paraíso dos homens.
[Platão]


sábado, 16 de junho de 2012

Mutante



Às vezes me questiono onde iremos parar vivendo numa sociedade como esta, onde passamos cada vez mais a dar importância à beleza exterior, pelos estereótipos empregados pela mídia, pela ganancia desenfreada do capitalismo e da submissão do governo ao qual estamos inseridos. Verdadeiros escravos reprodutores do contexto atual.
Falar palavrão virou moda, colocar silicone em qualquer parte do corpo faz parte do cotidiano e olhar sob uma nova ótica as coisas, virou coisa de cientista.
Somos uma geração de um fila que anda quando o seu parceiro não corresponde as suas perspectivas, de adolescentes desenfreados a viver a vida como se fosse seu ultimo dia de vida, viciados em varias drogas e com ídolos fúteis e insignificantes.
Onde o respeito só existe a base da opressão e da humilhação, pois as conversas empregadas pelas grandes campanhas publicitarias tem rendido adolescentes espertos e sem um pingo de pudor e compaixão diante de quem quer que seja.
As mulheres querem os mesmos direitos dos homens, mas ao invés de propor uma solução estamos os copiando em gênero, número e grau e esperando uma mudança em seu comportamento. Traindo, bebendo e trocando de parceiros como eles faziam tempos atrás.
Queremos os corpinhos das adolescentes, sem rugas ou algo caído. Temos vergonha de quando amadurecemos e das cicatrizes que a vida nos proporcionou diante dos obstáculos que enfrentamos. Virar Barbie é a moda do momento (peitinho, bundinha e cinturinha), beber até cair é legal e a promiscuidade é sinônimo de poder, pois se pegou 10 homens em um noite significa que não “abalou geral”.
E aí o que seremos de nós frente há uma sociedade cada vez sem personalidade, sem referenciais familiares, sem respeito a qualquer tipo de categoria profissional? Lembrando sempre que a conduta que praticamos se refletem em nossos filhos, meros reprodutores do lar ao qual estão inseridos e alienados.
Quer a mudança? Comece por você, mas não com a força que tem hoje, que amanhã pode se esgotar diante de qualquer problema. Estou me referindo àquela força que nos conduz todos os dias a levantar diante de sol ou de chuva. Muitos a denominam motivação, outros determinação, eu a denomino fé, foco e força.
Eu não quero ser mais mutante nesse mundo alienado, sou a mudança que quero ver nele, não só como mera telespectadora, mas como autora de minha própria história.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sentir-se amado



O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. 

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? 

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. 

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." 

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. 


Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

[Martha Medeiros]

domingo, 29 de janeiro de 2012

Viagem Espiritual II

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
(Fernando Pessoa)

Assistindo um programa de televisão, com uma reportagem que trazia uma mensagem de início muito linda e que minha amiga virtual Denise Aguilar costuma sempre utilizar nos final de seus e-mails que tem muito haver com o momento em que estou vivenciando.
Talvez daqui há alguns anos me conecte novamente a este blog, só para releitura junto de minha amada filha, pois cada texto que tenho postado remete-se a fases e momentos preciosos que projetei nessa minha jornada existencial.
Pensei em apagar o texto anterior, justamente por estar no calor do momento e por ainda não ter compreendido na decisão de algumas pessoas se submeterem a certas religiões e ainda se alimentarem de fatos ocorridos no passado. Quase uma espécie de perseguição e que resolvi dar um basta ou querer aconselhar, sugerir ou recomendar uma saída para este tipo de pessoa que insiste em algo que não tem fundamento para que se prolongue mais fatos ocorridos no passado, virando uma espécie doença, obsessão, neurose, psicose, psicopatia etc...
O momento hoje é de calmaria, paz e tranquilidade. Sabe aqueles momentos marcantes que assistimos em determinados filmes românticos? Sei que ele está existindo e  acontecendo não por mera coincidência do destino. Ele foi por muitos anos esperado e almejado.
Foi preciso experimentar as piores dores do mundo, pelas quais estamos sujeitos, mas acredito que a principal peça fundamental para que tudo isso viesse acontecer, tenha sido a minha esperança, paciência e perseverança. Um dos meus sonhos foi ter um pai digno para minha filha, pois só eu sei o quanto sofri com a ausência e as consequências de sua falta de um. Nosso ponto referencial, junto com a nossa mãe. Desenvolvendo tudo isso em conjunto e com amor recíproco para a harmonia de nosso lar.

‎"Te­nho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída."
(Clarice Lispector)

E eis que hoje estou a desempenhar e viver este momento em sintonia, sem muita pressa e caminhando lentamente. Conquistando passo a passo aquilo que um dia havíamos perdido no compromisso de uma união estável. Sendo mais que meros marido e mulher, cumplíces e amantes de nossa história que começamos a trilhar. Mesmo que distante de uma grande metrópole ou de uma capital, com seus agitos e estresses, optamos pelo interior, justamente para confrontar com o momento que queríamos. Uma espécie de recomeço e de aprendizagem.
E como toda escolha gera renúncias, perdi algumas amizades e aproximei-me de outras que acreditava vincular-me. Outras se revelaram através do mercado de trabalho e do dinheiro que ele oferta. Fiquei triste também em ter acreditando também na falsidade e do bom senso de alguns, mais isso é assunto pra outro texto, deixa pra lá.
Descobri que o mais importante é o seu reconhecimento como pessoa, principalmente quando ele se torna evidente vindo das pessoas que amamos. Viver a dois não é fácil e minha mãe sempre me dizia também que não seria difícil, mas no final sempre vale a pena, quando se chega a seu objetivo.
Sou mera reprodução dos conceitos repassados por minha mãe, que não tem muito haver com a realidade atual. Às vezes chego inclusive a questionar-me quanto ao meu posicionamento e postura diante de nossa sociedade cada vez mais individualizada, buscando cada vez mais sua independência financeira e deixando em segundo plano o sonho familiar, o futuro de nossos filhos, o amadurecimento e o crescimento em conjunto. Pois da união nasce a nossa força!

"Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança."
(Lya Luft
)

Viva a família, as diferenças e os erros do passado, sem eles não seriamos o que somos hoje. E para aqueles que ainda não acreditam em tal mudança, olhe-se para si mesmo e veja se continua o mesmo de dois anos atrás? Somos imprevisíveis, mas também não somos ignorantes a vida toda, renegando a vida em família por uma longa caminhada solitária nas festividades de uma vida individual.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Viagem Espiritual



Caminhando certa vez pelas ruas de Natal-RN, mas precisamente pelo bairro da Ponta Negra, uns dos pontos mais cobiçados pelos europeus, por sua beleza e magnitude,  pude perceber algo que estava além dos meus olhos e concepção. A própria analise partiu do meu marido que se indagou quanto à ausência das igrejas naquele local. E logo partimos para um debate harmonioso e chegamos a uma conclusão.

Vale mencionar pra quem nunca esteve por ali, que o bairro é extremamente valorizado devido aos pontos turísticos e por situa-se apenas há alguns metros do mar, além de ter o ar mais puro das Américas. Cidade pacata e acolhedora, que hoje possui grandes empreendedores espanhóis como investidores nos vários empreendimentos locais, desde condomínios a casas noturnas.

E por que será que naquele bairro precisamente não há lugar pra uma igreja protestante? Existir, sim existe, uma única igreja católica minúscula na praça dentro da antiga vila de ponta negra, conhecida como a vila de pescadores, caracterizada por seus casebres simples e que contrasta com o inicio do bairro cheio de casarões luxuosos e com a orla que lhe dá acesso. O catolicismo sobrevive devido à população humilde de pescadores e gente trabalhadora que o alimenta. E quanto à área nobre? Rico precisa de Deus? Esperar no Senhor?

Durante muitos anos questionei-me quanto à existência de Deus, da vinda de Jesus, da natureza e seus ciclos, sistemas, estações do ano. E engraçado é que durante toda a minha vida escolar, compartilhei todas as minhas grandes alegrias com pessoas evangélicas. Logo eu que lia e não entendia “bulhufas” de nada, tantos verbos conjugados em vos, palavras arcaicas e sem lógica que prendiam a atenção e a fé de tantas pessoas. Com o passar do tempo vendo inúmeros documentários e estudos cerca do poderio e influências da igreja durante a conquista e colonização dos povos, só consolidavam meu conceitos pré-estabelecidos em meu intimo que já afirmavam que havia algo estranho e manipulador em relação à religião.  Algumas dúvidas ainda persistem, outras já se resolveram por si só. Por que os judeus acreditam só em Deus não em Jesus? Será que a bíblia também não foi reescrita pelos católicos que controlavam a “verdade” pregada por eles? Estas são algumas de minhas dúvidas. Olha que eu já fiz estudo bíblico e tudo mais!

E o que o título do texto tem haver com isso? Nunca me converti e muito menos me batizei, justamente por achar que antes de qualquer tomada de decisão em minha requer dedicação e persistência, uma virada de paradigmas e uma nova vida. (adoro falar meus palavrões e tomar minha cervejinha no fim de semana)
Justamente o que falta em muitos cristãos em que já convivi e convivo, pregar o exemplo daquilo que acreditamos ao extremo, sem desculpas esfarrapadas de sermos meros mortais, pecadores e humanos. Sem disciplina e persistência não se chega a lugar nenhum!

Resolvi praticar um pouco desses bons exemplos, por esses dias depois de assistir o filme COMER, REZAR e AMAR, que traduz a realidade de muitas pessoas que nasceram dentro da sociedade de classe média alta, que nunca passaram fome e que desconhecem a miséria. E que como muitos pagam fortunas para viagens de autoconhecimento e espiritualização. Pra que ir tão longe vivendo no Brasil? Nasci pobre e passando fome. Fortalecendo-me com a fé, para me manter vivo e acreditar que amanhã vencerei os problemas que vivencio hoje.

Acho que já respondi a pergunta acima e todas as outras que gostaria de salientar. A mente humana é assim, é alienada nos seus pontos mais fracos e por isso a religião para muitos virou mercado, como a politica. A bíblia é uma arma, assim como o veículo que possuímos em casa. (Como no filme o Livro de Eli, onde se trava uma guerra em busca da Bíblia Sagrada)

Quem tem dinheiro geralmente busca auxílio espiritual através dessas viagens, ou quando algum ente querido é contaminado por algumas doenças incuráveis e que vem se propagando como uma “febre” ultimamente. Eis ai que surge Deus, Jesus Cristo e tudo mais em suas vidas.

E aprendi para lidar com “falsos evangélicos”, usando a mesma bíblia que eles utilizam para dizem as suas "verdade"s, mostrando o exemplo que eles deveriam ser, começando pelo PERDÃO, pois quem é realmente cristão não guardar rancor. Se encontrares alguns destes por aí, dê-lhe o seu exemplo e o enquadre, só assim começaremos a dar um “basta” nisso assim como o fazemos com o políticos.

Muito bla, bla, bla pra pouca atitude! Lembre-se sempre de praticar o amor ao próximo em qualquer circunstância de sua vida, colocando-se sempre em seu lugar e assim estará mais próximo de Deus, sem intermédio de igreja alguma. Precisamos mais de AMOR e menos RELIGIÃO, pois DEUS é AMOR!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Regra ou exceção?



Dizem que família a gente não escolhe, dos males o menor, triste é não poder escolher quem se ama. Dizem que tem gente que precisa perder pra dar valor, injusto é só esse tipo de pessoa cruzar o seu caminho.

 Dizem que quem ama cuida, o que me assusta é pensar que só eu quem amou nas minhas relações. Dizem que o tempo sempre cura, chato é o tempo só ficar curando, nunca trazer algo que não machuque. Dizem que tudo que é verdadeiro volta, minha aflição é me conformar com essa idéia de partida, o verdadeiro ir embora me parece tão contraditório.

Dizem que as pessoas gostam do que não tem certeza, cruel é não saber mascarar sentimentos. Dizem que liberdade é pouco, lamentável é essa supervalorização da liberdade e desvalorização do amor. Dizem que quem gosta corre atrás, o que me assusta é duvidar de sentimentos porque nem sempre as atitudes estarão de acordo com os padrões.

Dizem que se alguém tá afim de você, te liga, absurdo é querer limitar o sentimento a um ato bobo, eu mesma não sou de ligar. Eles falam demais, mas não sabem de nada.

A solução para vida do próximo sempre vai parecer mais simples, quem tá de fora nunca vai entender os problemas do relacionamento alheio, cada pessoa é uma pessoa. Ás vezes as coisas seguem um padrão sim, mas quem sabe se você é a regra ou a exceção? Vai ser sempre um risco a se correr. Antes de julgar, rotular, aconselhar com clichês baratos ou falar do que não sabe, pare e pensa um pouquinho. Prometo que não dói.